Polêmica com Millie Bobby Brown é puro moralismo medieval

Uma polêmica envolvendo Millie Bobby Brown agitou a mídia mundial nos últimos dias. Millie postou por conta própria algumas fotos um tanto sensuais, mas sem qualquer vestígio de pornografia. A celebridade "sabe-se-lá-o-que-ela-faz" Paris Hilton, fez um elogio do tipo "gostosa" e muita gente reclamou pelo fato da atriz inglesa ter apenas 15 anos.

Bom, 15 anos, mas parecia que os comentários se referiam a uma criança de 5 aninhos. Os comentários ganharam ainda mais repercussão após terem recebido o apoio da atriz Evan Rachel Wood, que estranhamente se envolveu com o mais do que duvidoso Marilyn Manson quando ainda era menor de idade. Evan acha que ela pode e Millie não?

Para encerrar a polêmica, é preciso esclarecer algumas coisas. Millie não é mais nenhuma menininha. Ela tem 15 anos e tem considerável experiência de namoro, certamente não limitado a beijinhos e mãos dadas. Além disso, a atriz postou por conta própria, mostrando na verdade o orgulho de estar se desenvolvendo fisicamente, deixando a infância para trás.

O neo-conservadorismo virou moda por causa das religiões e da necessidade de manter alguns estereótipos de moralidade criados na era medieval. Muitos acreditam que mesmo com a ausência de danos, se sentem prejudicados por ferirem um senso de moral imposto pelas leis religiosas. Senso supostamente legislado por um gigante invisível que todos chamam de "Deus" e que deve ser obedecido de forma inquestionável e irrestrita.

Os elogios a Millie Brown nada tem de ofensivos e a atriz não foi violentada em qualquer hipótese e suas fotos não tem nenhuma conotação erótica. Afinal, a atriz inglesa está numa fase etária de auto-afirmação e se sentir "mais mulher" é bom para a auto-estima dela.

É preciso ter coerência e observar consenso e parar com esta confusão entre infância e adolescência. Daqui a pouco vão querer apertar as bochechas de um marmanjão de 17 anos e colocá-lo no colo como se ele ainda estivesse de fraldas em um berçário.